em algum lugar do universo substack me deparei com o livro sobre o cálculo do volume. a história estava descrita em poucas palavras e decidi adicioná-lo à minha lista mental de livros para ler.
certo dia, saindo de uma sessão do clube na casa de cultura, tive a brilhante ideia de entrar na livraria taverna, o que me deixou um pouco fala a verdade, mentirosa!!!! falida, mas com três livros novos na estante. eles eram sobre o cálculo do volume (1 e 2) e a árvore mais sozinha do mundo, da mariana salomão carrara (e que é bem bonito).
eu não lembrava que sobre o cálculo se trata de uma SEPTOLOGIA e aqui estou refém da tradução dos próximos volumes, de que sejam logo lançados no brasil e, muito importante, ter dinheiro para bancar esse brinks.
tara selter está em paris a trabalho e percebe que, de algum modo, o tempo foi fraturado e ela não consegue sair do dia 18 de novembro (o ano não é especificado). de modo a tentar compreender que xou da xuxa é esse? caralhos está acontecendo, ela pega um trem de volta pra casa na tentativa de reestabelecer algo de familiar a partir de uma conversa com seu marido, thomas. só que assim: apenas ela sente que está repetindo o dia 18. para thomas, o dia 18 é sempre o dia posterior ao dia 17 de novembro, de modo que as memórias dele só são dessa data. quando ele encontra tara e ela explica todas as coisas malucas que vêm acontecendo — e ele acredita e também tenta ajudar com hipóteses —, ele vive o 18, mas não acorda no mesmo dia 18. é como se ele fosse "resetado" e tara continuasse a envelhecer, a crescer cabelos e unhas.
a história é bem angustiante por ser contada pelo ponto de vista dela. quando o livro começa, já é a 121ª vez que o dia 18 de novembro se repete. doidera, sabe?
quando lá pelas tantas tara fica exausta simplesmente de viver todo dia a mesma coisa — acordar, olhar pro thomas e ter que explicar tuuuuudo que tá acontecendo, ele entender, eles elaborarem e depois dormir —, ela se enfia no quarto de hóspedes e se comporta como se nunca houvesse retornado para casa. e é assim, clandestina de sua vida com thomas, que ela tenta processar que raios que tá conteseno.
estou na metade do livro que, ainda bem (pois são SETE), não é longo e fico me questionando como que essa premissa vai se sustentar ao longo de SETE partes. mas tô confiando demais na autora, vai ser bom. realmente fiquei impactada com o número sete, socorr.
desse ponto em diante, caminharei com os assinantes pagos, licencinha.
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